Pra mim que sempre foi fácil colocar em palavras o que me é transmitido e o que desejo transmitir, agora não consigo ordená-las pra te dar.
Não acho nenhuma palavra boa o suficiente pra rimar e saciar essa tua curiosidade - e quase que vaidade - de ser a inspiração e motivação de um poema exposto aqui e aos quatro ventos.
É clichê, mas eu tentei me desapegar do clichê. Tento também não seguir nenhuma regra ou mania. Não repetir tudo pra não te fazer enjoar. Embelezar pra valorizar.
Aprendi contigo o quão é gostoso achar maneiras inusitadas de demonstrar uma imensidão de sentidos, de descobri-los quinhentas vezes incansavelmente. De sabotar o rotineiro.
Vou olhar com outros olhos o sorriso que me é esboçado do mesmo lindo jeito.
Vou sentir o teu cheiro e agir como se fosse sentido o perfume de uma rosa recém-recebida.
Te beijar como se fosse a primeira deliciosa vez.
Encontrar um negro fio de cabelo na minha blusa e sorrir.
Procurar um cantinho entre teu peito e ombro esquerdo pra aninhar meu rosto.
Levar tua mão pra passear entre meus cabelos e nuca.
Pedir pra ouvir a nossa história descrita pela tua boca mesmo já sabendo de cada ínfimo detalhe; lembrar de algum perdido por dentre as frestas e olhar pro nada, revivendo-os.
Surpreender-me mais uma vez com a descoberta da veracidade e pureza do meu sentimento.
E vice-versa;
Te contar.
Deixar que tu descubras, que provoque, que pergunte.
Esperar que teus olhos admirem a mim sem que você lembre que eu perceberei.
De me deixares com vergonha e enrubescer-me as maçãs do rosto.
Dar cheirinhos consecutivos e intermináveis no cantinho do nariz, um pouco mais em cima e no olho.
Ouvir a letra de uma música e te sentir.
Observar cada novo passo dado e não me admirar que seja apenas mais um de uma longa caminhada.
Eu sinto o teu afeto, pretinho.
E quero sentir por muito tempo e encontrá-lo no canto mais profundo do meu coração. Deixar tu tomares conta de cada vão pensamento meu durante o dia. E tarde. E noite.
E te contar baixinho, de coração acelerado e de testa suando que o verbo "gostar" é pouco pra conjugar na primeira pessoa do meu singular. Sentir no gerúndio e procurar no dicionário uma palavra que começa com "A" e termina com "mor" e te nomear carinhosamente dessa mesma palavra quando conjugada no particípio:
Amado. =}
posted by Isabelle Almeida
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Belinha, aqui é Olga. Seus textos são maravilhosos! Meus preferidos são tipo esse, que narra um amor real, um amor do dia a dia. Vou copiar aqui o que escrevi no meu twitter quando li você.
"Acho que os poetas, quando vivem um amor, vivem de uma maneira linda. É uma percepção maravilhosa, acredito eu. Falo isso porque sempre que leio um texto de amigas que escrevem bem (e sim, são poetisas), consigo perceber que elas conseguem sentir tudo mais forte, sei lá. É tão bonito. Eu queria escrever melhor, velho. Eu acho lindo quem tem esse dom, de verdade. Esse dom de narrar os dias com tanta sensibilidade, perspicácia."
Tu és uma linda, viu? Que bom que estas amando assim... É um paraíso, né? Continua a escrever mais.. ME ENSINA? É lindo, pô.
Um grande beijo, querida.
Que surpresa feliz ver o teu comentário aqui, Olguinha!
Muito obrigada pelas palavras, e vou dizer já que a recíproca é verdadeira! Eu gosto bastante do jeito que você escreve e como demonstra quando gosta das pessoas!
Tua alma é poeta também, dá pra perceber por tamanha amabilidade!
Quero vê-la mais por aqui!
Cheiros e cheiros, lindona!