posted by Isabelle Almeida
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Pra mim que sempre foi fácil colocar em palavras o que me é transmitido e o que desejo transmitir, agora não consigo ordená-las pra te dar.
Não acho nenhuma palavra boa o suficiente pra rimar e saciar essa tua curiosidade - e quase que vaidade - de ser a inspiração e motivação de um poema exposto aqui e aos quatro ventos.
É clichê, mas eu tentei me desapegar do clichê. Tento também não seguir nenhuma regra ou mania. Não repetir tudo pra não te fazer enjoar. Embelezar pra valorizar.
Aprendi contigo o quão é gostoso achar maneiras inusitadas de demonstrar uma imensidão de sentidos, de descobri-los quinhentas vezes incansavelmente. De sabotar o rotineiro.
posted by Isabelle Almeida
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Estive lendo um poema de Ferreira Gullar (O que se foi) que, aliás, já li muitas vezes e que marcou minha existência. Surpreende-me, ainda, a tradução, com tanta clareza, da ambivalência dos desejos e dos sentimentos em tão poucas linhas...
A paixão nos faz vivenciar, em muitos casos, a sensação de estar dividida, entre tantas outras, com a surpresa de poder trazer o sentimento à tona e, com a surpresa de, mesmo assim, não vivê-lo plenamente (como gostaríamos).
Poema:
O que se foi
"O que se foi se foi. Se algo ainda perdura é só a amarga marca na paisagem escura.
Se o que se foi regressa, traz um erro fatal: falta-lhe simplesmente ser real.
Portanto, o que se foi, se volta, é feito morte.
Então por que me faz o coração bater tão forte?
posted by Isabelle Almeida
Lua bonita, traz-me de volta
Quem nunca devias ter deixado ir
Clareia meu rosto, encanta-o de novo
Faz-me o motivo do mesmo sorrir
posted by Isabelle Almeida